O açúcar refinado é um alimento bastante comum na nossa alimentação. O seu consumo exagerado está associado à diabetes mellitus, obesidade, aumento do ácido úrico sérico e diminuição da função imune. Além disso, favorece o crescimento de fungo, alterações comportamentais e a perda urinária de vitaminas e minerais, em especial do cálcio, levando a um quadro de osteoporose.
O açúcar não contém os micronutrientes necessários para a sua própria metabolização, facilitando, assim, o seu próprio armazenamento no organismo, sob a forma de gordura. A ingestão de açúcar e de outros carboidratos de rápida absorção (alto índice glicêmico), como pães, batata e arroz branco, aumentam rapidamente os níveis de insulina, hormônio que tem como função reduzir a glicemia.
Quando os níveis de glicose se reduzem, há um desejo por mais alimento de rápida absorção, o que leva a mais episódios de compulsão, gerando, então, um círculo vicioso. Além disso, os carboidratos com alto índice glicêmico têm mais condições de promover a síntese de serotonina e, consequentemente, melhorar o humor.
O desejo por doces também pode estar relacionado à deficiências de magnésio, cromo, e vitaminas do complexo B. É preciso ainda pesquisar a alergia alimentar oculta e o crescimento fúngico (tanto intestinal, como o localizado na unha e língua, p. ex), pois eles também podem levar a sintomas parecidos.
Algumas medidas podem ser eficazes no combate à compulsão por doces, tais como:
- Fazer diariamente 4 a 5 refeições diárias para controlar os níveis glicêmicos e a fome;
- ingerir porções adequadas de carboidratos ricos em fibras (cereais integrais, leguminosas, frutas com casca ou bagaço), principalmente nas refeições que antecedem o horário de maior desejo por doces; ingerir quantidades adequadas de proteína, pois ela aumenta a saciedade e diminui a vontade de comer doces;
- nunca consumir doce com o estômago vazio, pois a queda na glicemia muito rápida provocará maior compulsão por ele; escolher substitutos naturais ao açúcar, como: mel orgânico, tâmaras, uvas passas e stevia, embora devam ser utilizados moderadamente;
- não usar adoçante a base de aspartame como substituto ao açúcar, pois ele diminui a biodisponibilidade do triptofano, precursor da serotonina, contribuindo para alterações de humor e sono;
- utilizar nutrientes, como glutamina, cromo, biotina, vitaminas C e do complexo B, pois diminuem a vontade de comer doces.
Uma dieta apropriada, visando corrigir alergias alimentares ocultas e fungos, associada a uma boa suplementação, é a combinação ideal para eliminar a compulsão por doces.